Clima faz produtores trocarem soja por algodão no Mato Grosso e a produtividade diminuir para gaúchos
- Jose Junior
- 10 de jan. de 2024
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Dois cenários de desafios climáticos distintos marcaram o final de 2023 do produtor brasileiro. Por um lado, excesso de chuvas e até mesmo inundações, que atrasaram o plantio de algumas culturas ou prejudicaram as que já estavam em andamento. Por outro lado, fortes ondas de calor extremo com falta de precipitações, trazendo clima de deserto ao campo. As consultoras técnicas Jociela Neres e Maria Valesca Lima Soares, que atuam no Rio Grande do Sul e no Mato Grosso, vivenciam, com grande proximidade, as duas realidades e auxiliam o produtor, por meio de suporte técnico e inovação através de novas tecnologias, buscando alternativas que auxiliem à mitigação dos impactos causados pelos extremos.
Jociela, que vê secar o chão no Mato Grosso, e estima que a grande maioria, 90% dos produtores rurais foram afetados de alguma forma pela estiagem naquele Estado. “Em uma visita técnica nas áreas de campo de geração de demanda, me deparei com uma triste situação de encontrar talhões em estado crítico. Vi como os funcionários, gerente e produtores, pediam “aos céus” para mandar chuva nem que fosse dez milímetros, que já ajudariam a aliviar a situação”, conta a especialistas. Segundo ela, muitos produtores relataram, na região de Primavera do Leste (MT), que perderam uma média de 2,8 mil hectares de soja. “Alguns produtores perderam em torno de 80% do plantio da soja. Houve muito replantio nessas áreas”, relata.
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