Escolha e manejo das matrizes suínas impactam no desempenho da atividade
- Jose Junior
- 18 de nov. de 2022
- 2 min de leitura

Leitoa, marrã, marroa, independentemente de como são conhecidas, essa categoria de suínos tem grande importância nos resultados de uma granja. Elas que serão preparadas para iniciar a vida reprodutiva, tornando-se responsáveis pelo crescimento do plantel, e precisam de total atenção por parte dos produtores.
O primeiro passo é buscar matrizes de um fornecedor idôneo que tenha uma granja multiplicadora registrada no Ministério da Agricultura (Mapa). Além de reduzir o risco de doenças no rebanho, essas unidades especializadas em reprodução sempre vão estar preocupadas em melhorar a genética dos animais. Nesse sentido, entra trabalho de empresas de reposição como a TopGen, marca brasileira especializada em genética suína, de Jaguariaíva/PR.
Segundo Beate von Staa, proprietária da marca, na TopGen todos os processos do criatório são controlados, possibilitando, por exemplo, o acesso ao registro genealógico que atesta a origem e a rastreabilidade dando total segurança aos clientes. “Essa rastreabilidade existe e é muito importante. Por isso, ao comprar de uma granja registrada, o produtor tem a certeza daquilo que está adquirindo, principalmente falando de linhagens puras”, destaca.
Ainda segundo a especialista, um erro muito comum cometido por produtores que querem economizar é utilizar animais de terminação, o que vai ocasionar um descompasso de produtividade. “Os suínos que são vendidos para abate precisam ter uma característica de ganho de peso e alta conversão, produzindo uma carcaça equilibrada e com pouca gordura, características estas que, dê certa forma, podem ser contrárias às de boas mães, isso não recomendamos”, diz. “O correto é utilizar uma boa fêmea com um macho terminador, que aí sim vai gerar leitões ideais para abate”, complementa Beate.
Manejo e cuidados
O grande problema de uma granja de suínos é o manejo. Se o produtor escolheu uma boa matriz, precisa zelar por sua saúde e bem-estar, pois esses cuidados serão fundamentais para o início da vida reprodutiva. Para o diagnóstico e sinais de cio, por exemplo, é preciso calma e muita atenção. O intervalo entre cios na fêmea suína é de aproximadamente 21 dias (variando de 18 a 24 dias). O recomendável é que seja feita a análise duas vezes por dia e com o intervalo entre as detecções, o mais próximo de 12 horas.
Porém, para satisfazer os horários de trabalho, sugere-se a primeira detecção às 7h00 e a segunda às 16h30, logo após o fornecimento das rações. Para que as marrãs manifestem precocemente o seu primeiro cio é preciso realizar o manejo de indução, promovendo o contato diário entre elas (a partir de 150 dias de idade) e machos adultos.
Contudo, deve-se alojar as leitoas distantes dos machos para obter os benefícios do efeito surpresa no manejo com os cachaços, evitando ao máximo a “baia de namoro”.
Entre as dicas estão:
Utilizar machos adultos: mais de 280 dias de idade, com interesse em estimular as fêmeas, ou seja, deve ser ativo. Também deve apresentar bom estado corporal e aparelho locomotor;
O macho deve entrar na baia: fazê-lo circular e ter contato focinho a focinho com todas as fêmeas da baia e uma pessoa estimulá-las fazendo pressão lombar;
Fazer rotação de machos: estímulos diferentes são importantes, pois cada macho tem seu cheiro próprio;
O manejo de estímulo com o macho deve durar de 10 a 15 minutos por baia.
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