Mel do Norte de Minas Gerais recebe Indicação Geográfica por suas características únicas e terapêuti
Antes considerado de pouco valor comercial por ser muito escuro, o mel de aroeira produzido na região Norte de Minas Gerais ganhou destaque após pesquisas indicarem suas características terapêuticas. Agora, o Mel do Norte de Minas recebeu o registro de Indicação Geográfica, na espécie Denominação de Origem, conforme publicado na edição 2665 da Revista da Propriedade Industrial.
Com produção anual média de 450 toneladas, o Mel do Norte de Minas apresenta compostos fenólicos com ação antioxidante, anti-inflamatória e antimicrobiana, o que fortalece o sistema imunológico.
“Esse é o diferencial do nosso mel. Esperamos que com a IG possamos vender o nosso mel com agregação de valor, desenvolver produtos e serviços com aroeria Myracrodruon urundeuva. Desenvolver turismo, remédios naturais e comercializar nossos produtos no mundo. Com isso, podemos preservar a aroeria e manter os apicultores e agricultores familiares no campo”, explica o presidente da Cooperativa dos Apicultores e Agricultores Familiares do Norte de Minas (Coopemapi), Luciano Fernandes, ao citar estudos da Fundação Ezequiel Dias e do Instituto Mineiro de Agropecuária.
O registro de IG, segundo a coordenadora de Indicação Geográfica de Produtos Agropecuários do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Débora Santiago, reforça a qualidade do produto e traz reconhecimento pelo mercado e pelos consumidores.
“A partir desse momento, os produtores que seguirem as regras da indicação geográfica Norte de Minas podem optar por usar também o Selo Brasileiro da Denominação de Origem no rótulo dos seus produtos, junto com o nome da IG. Os Selos Brasileiros foram instituídos no final do último ano e a gente espera ter valorização, inclusive promoção internacional dos produtos, agregando valor e gerando renda, além de outros benefícios para a região””, declara.
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