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Melhorar a produtividade e a comunicação são importantes ações para ajudar a pecuária gaúcha



O Ciclo de Debates “SOS Pecuária Gaúcha - O que fazer agora? realizou o seu terceiro painel nesta quinta-feira, 21 de setembro, dentro do projeto Prosa de Pecuária, live já tradicional do Instituto Desenvolve Pecuária que chega à sua 29ª edição e é transmitida pelo canal de Youtube da entidade. Foram palestrantes o consultor da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), professor José Fernando Piva Lobato, e o diretor comercial da GAP Genética, João Paulo Schneider, conhecido por Kaju.


Abrindo a palestra, o professor Lobato afirmou que o SOS para a pecuária deveria ter vindo mais cedo porque o desfrute do Rio Grande do Sul regrediu, chegando em 11% conforme dados da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação, em relação ao número de abates de bovinos no período entre primeiro de janeiro e 14 de setembro deste ano. “Se colocarmos os terneiros que saíram nos navios e os animais que foram para outros estados, a taxa de desfrute chega a 12,2%. Se dividirmos isso por oito meses e meio e multiplicarmos por 12 meses, voltaremos a ter 17% como entre os anos de 2018 e 2021”, observou, colocando que o desfrute de 2022, baseado na população bovina declarada pelos produtores, foi de 16,7%. Salientou que com a taxa atual de desfrute não há pecuária que se sustente.


Lobato observou que houve evolução dentro da pecuária gaúcha, citando programas de melhoramento genético animal, mas disse que existe a necessidade de olhar cada propriedade, analisar o que precisa ser feito e tomar atitudes dentro de cada situação. Para os próximos 50 anos, o professor falou da necessidade de olhar o todo na propriedade e exercer a pecuária de precisão nas diferentes categorias do rebanho, dentro do seu ambiente. “Vamos valorizar a constituição de um produto em que temos condições de associá-lo ao ambiente do Bioma Pampa e valorizá-lo, mas com produtividade, não com fome ou com secas”, aconselhou, enfatizando para quem vai fazer a pecuária a importância de ter melhoramento genético animal com conteúdo, desfrute de cruzamentos, segurança alimentar ao consumidor, certificação e rastreabilidade, e ampliação de mercados.


Sobre como melhorar a produtividade, o consultor da Farsul citou maior oferta forrageira e reservas, maior digestibilidade forrageira por categoria animal e maior conteúdo genético das vacas para maior adaptação aos piores solos e aos climas que o Estado tem, além da resistência ao carrapato. Comentou que o Rio Grande do Sul tem 75 diferentes solos e é classificado internacionalmente como tendo dois climas subtropicais úmidos, com as costumeiras secas nos verões.

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