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Sindag cobra Embraer por quebra de asas do Ipanema



Três casos de quebras de asas do avião agrícola Ipanema, da Embraer, em pouco mais de um mês provocou uma forte reação por parte do Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag). A entidade aponta “descaso” e enviou nesta semana notificação extrajudicial ao Conselho de Administração e ao Comitê de Auditoria, Riscos e Ética da fabricante de aeronaves


“Descaso com a vida dos pilotos e com todo o setor aeroagrícola”, assim o presidente do Sindag, Thiago Magalhães Silva, classificou a postura da Embraer em videoconferência com diretores da fabricante. A série de acidentes ocorridos com o modelo – o mais vendido do Brasil – provocou inclusive a morte de pilotos.

“Vínhamos tentando uma reunião de emergência desde dezembro, em contato direto com diretores da Embraer. Aviões caindo, gente morrendo e a única resposta era de que eles estavam em férias e tratado sobre o assunto mais tarde. Somente depois que acessarmos, via Linkedin, o presidente da empresa, Francisco Gomes Neto, é que se conseguiu o encontro”, desabafa Magalhães.


A notificação extrajudicial demanda que a Embraer se manifeste em até 15 dias sobre as sete propostas apresentadas pelo sindicato aeroagrícola na videoconferência. A lista engloba desde a criação de um canal direto com a fábrica para os operadores de aeronaves Ipanema até um trabalho de engenharia para propor uma solução definitiva para o problema, entre outros pontos.

Com 206 associadas, o Sindag abrange cerca de 90% das empresas aeroagrícolas em atividade no País. O modelo Ipanema é fabricado desde os anos 1970 pela Embraer, está atualmente em sua sétima geração – versões EMB 200 até a EMB 203, e representa mais de 50% da frota aeroagrícola nacional (que é a segunda maior do mundo). Porém, uma nova série de acidentes com indício de perda da asa em pleno voo desde o final de 2021 abalou a confiança do setor no modelo.

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